Rachel Montenegro é especialista em Psicoterapia de Familia pela PUC-SP com Consultório em Moema e Morumbi(Vila Andrade). Com mais de 19 anos de experiência em terapia sistêmica, com especialização em TCC - terapia Cognitiva Comportamental.
A Terapia Familiar tem como objetivo principal auxiliar a família na conquista ou reconquista de relações harmoniosas, respeitosas e saudáveis entre os seus membros. Além disso, a terapia familiar pode ter como foco o tratamento de um de seus membros. Muitas vezes, a dependência química do filho mais velho, o alcoolismo do pai ou a depressão da mãe é o evento que traz o despertar para o fato de que as relações familiares carecem de alguma intervenção. A degradação nas relações entre os membros da família, mas é consenso que, a família contribui tanto para a produção dos comportamentos-problema de um membro, quanto para a solução desses comportamentos-problema. Nos últimos anos, tem sido observado um número cada vez maior de pesquisas que apontam a terapia familiar como intervenção importante para auxiliar o tratamento de transtornos como os transtornos alimentares e transtornos do humor.
Atribuir as tensões familiares ao chamado “choque de gerações” é tapar o sol com a peneira, ou seja, não admitir a real dimensão dos problemas. De fato, as diferenças existentes podem desencadear uma série de conflitos, que muitas vezes são responsáveis por distanciar pais e filhos, fisicamente, mas, principalmente emocionalmente. Vamos mostrar uma situação corriqueira que levam (ou deveriam levar) as famílias a procurarem ajuda de um profissional. Muitos casais não conseguem chegar a uma conclusão sobre a criação dos filhos. Enquanto um possui um espírito mais conservador, outro acredita que a relação entre pais e filhos deva ser mais flexível. As diferenças não são discutidas, tampouco respeitadas. Nesse ambiente de discordância, instala-se uma verdadeira guerra para ver quem tem razão. Os filhos ficam no meio disso, livres, sem nenhuma referência de amor, cordialidade e respeito e adotando esse padrão de convivência entre si e em suas relações amorosas e com amigos.
A terapia familiar dura em média de três a quatro meses, um trabalho breve para os padrões da psicanálise e o rumo que o relacionamento vai tomar a partir do processo analítico não pode ser defindo a priori. O terapeuta ajuda o casal a desvendar o que está encoberto por trás das brigas repetitivas e aparentemente fúteis que normalmente impedem que o casal consiga ter uma conversa minimamente civilizada. Os dois membros do casal terão clareza dos processos inconscientes que os levaram a se escolherem como parceiros e como chegaram ao ponto de desencontro. Essa consciência proporciona uma clareza dos mecanismos em jogo nas tramas da relação. Haverá a consciência de que num casal não existe um único culpado nem um único santo. Há sempre dois em jogo... Não há garantias no amor, amar é um projeto arriscado. Mais arriscado ainda é riscar da vida o amor.
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