A crise de pânico é caracterizada por um período temporal ou permanente de desânimo, tristeza profunda, apatia, baixa expectativa, pessimismo. Além disso, Vanessa afirma que sentimentos de ansiedade, angústia, culpa, medo, alterações repentinas de humor, perca do sono ou excesso de sono, fadiga, fome excessiva, falta de concentração, choro e pensamentos suicidas completam a lista dentre muitos outros sintomas.
A profissional alerta que em geral os sintomas se manifestam numa alteração comportamental e quando detectados é preciso buscar auxílio.
O que é preciso saber sobre crise de pânico
A psicóloga afirma que a primeira coisa que se deve entender à respeito da crise de pânico é que é uma doença, assim como qualquer outra, Vanessa deixa claro que crise de pânico é uma enfermidade e tem tratamento. Outro ponto a se considerar segundo a profissional é de que é necessário desfazer o mito de que a crise de pânico é frescura, "É a sua vida que está adoecida, e precisa de ajuda, precisa resolver questões, desembaraçar nós. crise de pânico não é frescura" alerta.
Contribuição terapêutica
A terapeuta afirma que o tratamento psicológico é de suma importância pois o paciente decide tratar as suas angústias, e segundo ela, ele acaba descobrindo o que lhe paralisa, o que está gerando a sua dor. "Muitas vezes quem sofre não consegue encontrar sozinho a resposta para o seu sofrimento, uma resposta do ‘Por que estou assim’" ressalta. A crise de pânico deve ser considerada uma paralisia emocional; o paciente é incapacitado a realizar suas atividades cotidianas. Segundo a OMS, a crise de pânico até 2020 será a doença mais incapacitante.crise de pânico MATA?
Segundo Vanessa sim. O resultado do transtorno depressivo não tratado pode resultar ações suicidas. Isso acontece porque o depressivo perde todo o sentido da vida. "Entulhado em problemas, a pessoa acaba perdendo a capacidade de acreditar em uma mudança, em uma expectativa de vida e ela passa a acreditar que a morte é a única saída para a crise" afirma a profissional.
crise de pânico É COISA SOMENTE PARA QUEM SOFREU UM GRANDE TRAUMA NA VIDA? COMO UM ABUSO, UMA PERDA, UMA DOENÇA?
Mito. A terapia afirma que a crise de pânico não seleciona quem vai atingir, é uma doença resultante de grandes traumas como acúmulo de decisões comuns da vida. "A crise de pânico pode atingir qualquer classe, qualquer estilo, qualquer pessoa. A doença é caracterizada por uma desorientação, a pessoa fica sem forças, sem atitude" diz Vanessa.
A PSICOLOGIA É INDEPENDENTE DA PSIQUIATRIA?
Segundo Vanessa isso é um mito. A duas áreas colaboram juntamente para o bem do paciente. A psicologia é a área da medicina que atende pacientes que estão vivendo transtornos psíquicos, como ansiedade, insônia, esquizofrenia, etc. Segundo a entrevistada, quando a psiquiatria caminha junto com a psicologia, o tratamento pode ser mais eficaz, libertando o paciente do medo de ficar dependente de remédios. Ela ressalta que o acompanhamento psiquiátrico é indispensável quando necessário, e que o medo da medicação deve ser desfeito, dando liberdade para a eficácia do tratamento.
Amparo Familiar
Vanessa diz que a família é importantíssima no processo do tratamento. A psicóloga afirma que a crise de pânico é uma doença silenciosa e lenta, e que muitas vezes pode não manifestar expressivamente as mudanças de comportamento. Segundo ela, essas transformações podem ser imperceptíveis se não forem bem informados à respeito de alguns sinais dado pelos pacientes, como, palavras de desanimo, exclusão social, ansiedade, crises de choro, alterações cardíacas, dentre outras. A psicóloga deixou claro que para resultados efetivos é necessário antes de tudo disposição por parte do paciente. Ele precisa reconhecer que precisa de ajuda e que vai conseguir vencer esse processo. Precisa enfrentar as suas dores, falando nas sessões, suportar o tempo necessário para que ele consiga superar a doença" disse Vanessa. Segundo ela, a psicoterapia pode transformar o modo como a pessoa vê a vida, enxerga as dificuldades. "A psicoterapia ajuda a enfrentas as questões que levam a crise de pânico; mostra outros caminhos a percorrer" completou.